Cirurgia da Coluna

Dor em coluna é uma afecção muito comum. Uma torção nas costas pode ser muito dolorosa, mas acabará se curando sozinha. Outras condições podem justificar uma consulta com um neurocirurgião. Com 24 vértebras móveis e uma intrincada rede de nervos, discos, articulações, músculos e tendões, a coluna é complexa - e quando as coisas dão errado, a dor na coluna pode tornar a vida miserável. É natural querer se livrar das dores na coluna de uma vez por todas, mas a cirurgia nem sempre é necessária.

A maioria das dores nas costas é causada por entorses e distensões que se curam sozinhas sem cirurgia. Uma torção nas costas não é uma emergência, mas certamente pode parecer uma. Quando é logo após a lesão, os pacientes mal conseguem se mexer. Você quer descansar as costas por alguns dias ou até uma semana, tomando cuidado para não repetir a ação que desencadeou a dor.

Você pode tomar medicamentos anti-inflamatórios sem receita, ou o seu médico pode prescrever versões mais fortes ou até mesmo uma rodada de esteróides para acalmar a inflamação e ajudá-lo a controlar a dor. Depois de uma semana, os pacientes podem iniciar ou retomar algum exercício ou fisioterapia para recuperar a força e apoiar a recuperação contínua.

Quando consultar com um neurocirurgião? Embora cada caso seja diferente, o diz que as condições mais sérias costumam aparecer com bandeiras vermelhas, como: Dor que é a mesma (ou pior) depois de duas semanas, febre, fraqueza ou perda de função, formigamento ou dormência nos braços ou pernas.

As condições degenerativas da coluna são comuns, especialmente em pessoas mais velhas. Um exemplo é a estenose, um encolhimento e aperto da passagem óssea que envolve a medula espinhal. Com o tempo, a pressão na medula espinal pode resultar em mielopatia, com dor, dormência, formigamento e disfunção afetando seus braços e pernas.

Seu médico pode recomendar uma operação na parte óssea da coluna, chamada de laminectomia, que pode abrir mais espaço para a medula espinhal, para que os nervos funcionem adequadamente.Para alguns problemas degenerativos nas costas, um procedimento de espinha minimamente invasiva pode produzir excelentes resultados com uma incisão menor e menor tempo de inatividade.

Outras condições que um neurocirurgião deve ver o mais rapidamente possível: um disco deslizado (protrusão discal, hérnia de disco) que não está melhorando sozinho, uma fratura óssea, infecção em coluna vertebral ou medula.

Para cada tipo de problema na coluna existem diversos tratamentos disponíveis. A doença degenerativa da coluna pode ser constituída por: protrusão de disco, hérnia de disco, bico de papagaio, canal estreito, escoliose degenerativa, cifose, espondilolistese e para cada problema existe uma diversidade de modalidades terapêuticas, sejam elas clínicas, fisioterápicas ou invasivas.

Somente a adequada associação de modalidades terapêuticas é capaz de trazer benefício integral para o paciente. Existem indicações bem precisas para o uso de instrumental (parafusos, pinos, hastes, gaiola ou cage, cross-link, placas, próteses) como nos traumas, nas cirurgias de tumores vertebrais, nas espondilolisteses sintomáticas e refratárias ao tratamento clínico e na doença degenerativa quando há instabilidade.

Os instrumentais estão se tornando cada vez mais modernos e a sua utilização mais segura, no entanto existem ainda complicações decorrentes do seu uso, como: falha do sistema, da instalação do sistema, lesão de estruturas neurológicas (raízes, nervos, medula), maior taxa de infecção, maior tempo de internação no pós-operatório, desgaste mais acelerado dos segmentos adjacentes da coluna que não foram fixados e mais dor no pós-operatório. Mesmo quando bem aplicado, o uso isolado destes materiais não resolve o problema sozinho, o paciente deve seguir rigorosamente as orientações pós-operatórias e adotar um programa de reabilitação da coluna.

Na vigência de um quadro doloroso da coluna em que não há lesão neurológica associada, existem outras alternativas para a cirurgia tradicional ou com instrumentação. Nesses casos podem ser utilizados os procedimentos minimamente invasivos como bloqueios anestésicos ou infiltrações, rizotomias por radiofrequência, discectomias percutâneas e as cirurgias endoscópicas.

Existem também alguns problemas em se adiar uma cirurgia definitiva como por exemplo o aparecimento de dor neuropática crônica ou a piora clínica de um paciente que já tenha idade avançada ou alguma doença associada. Portanto, cabe ao neurocirurgião, definir qual a melhor opção terapêutica para o caso em questão com o consentimento informado do paciente.

No entanto, é importante lembrar que nenhum procedimento ou cirurgia para problemas degenerativos da coluna é curativo, a doença chamada de artrose da coluna ou espondilose é uma conjunção de fatores genéticos e ambientais associados, que aparecem ao decorrer da idade; e os procedimentos visam somente o alívio sintomático do paciente, portanto, o processo degenerativo continuará e novos problemas poderão acontecer.

Para o êxito do tratamento, cabe ao médico orientar as medidas preventivas para desacelerar o processo de desgaste da coluna, e ao paciente adotá-las de maneira correta e assídua.